6º Cerco de Jericó

6º  Cerco de Jericó

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

AUTOCRÍTICA DA NOSSA FÉ E DO NOSSO SER CATÓLICOS



Leitores que não preparam as leituras. Cantores que não ensaiam os cantos. Coroinhas que não ensaiam sua parte. Sacerdotes que não preparam seus sermões. Catequistas que não lêem os documentos da Igreja. Leigos que querem ensinar o padre a rezar missa. Católicos de muita oração e louvor, mas sem testemunho de vida. Leigos que fazem da Igreja espaço de poder e disputa, e não de amor e doação humilde. Católicos sem oração e doutrina, que trocam de religião como se trocassem de roupas na base do que quero ouvir e do que eu gosto! Católicos que vivem no imediatismo e utilitarismo, que não agüentam uma celebração com mais de uma hora, depois chegam em casa e ficam na frente da televisão horas na descontração.

Católicos que abandonaram a Igreja e depois criticam severamente colocando a culpa em tudo e em todos, e não olhando para si mesmos na dimensão de uma fé que foi frágil e sem perseverança. Na crise da oração e da fé! Católicos que no serviço à Igreja acham que estão fazendo um favor para Deus e para todos! Gente centralizadora que se sente dono, não reparte e não promove os dons e vocações na Comunidade. Católicos que ocupam o espaço, mas não assumem a missão, e se assumem tem que ser do seu jeito! Tenho medo dos católicos ritualistas, formalistas e sem vida de amor e de caridade com o próximo. Culto sem graça e vida sem graça!

Padres que não leram o catecismo. Cantores de desafinados que insistem em liderar os cantos da missa. Músicos sem ritmo e sem ensaios que tocam alto e errado. Cantores que dão show de uma hora sem perceber que a guitarra e o baixo estão desafinados. De quebra, também um dos solistas… Autores que não aceitam corrigir seus textos e suas letras, antes de apresentá-los a milhões de irmãos na fé. Cantores que teimam em repetir uma canção cuja letra o bispo já disse que não quer que se cante mais. Párocos que permitem que qualquer um lidere as leituras e o canto. Párocos que permitem qualquer canção, mesmo se vier errada. Católicos só de Igreja, mas em casa, na família e na sociedade separam a vida da fé, vivendo os ditames do seu egoísmo. Gente que prefere “as fofocas” em detrimento do Evangelho de Jesus Cristo.

Sacerdotes que ensinam doutrinas condenadas pela Igreja, práticas e devoções com ranços de heresia ou de desvio doutrinário. Animadores de programas católicos com zero conhecimento de doutrina. Católicos e cristãos, que estão queimando a Palavra de Deus e seus mandamentos, assumindo um relativismo existencial e moral, sendo a favor do aborto, da pena de morte e das uniões ilícitas. Católicos que transformaram a Igreja em casa de comércio ou em mercado religioso e vivem negociando com Jesus Cristo! O Católico do era e do agora não sou mais ou vou de vez em quando! Em situação de sonolência de fé! Parecemos um hospital que, na falta de médicos na sala de cirurgia, permite aos secretários, porteiros e aos voluntários bem intencionados que operem o coração dos seus pacientes. Há católicos aconselhando, sem ter estudado psicologia. Há pregadores receitando, sem conhecer a teologia moral. E há indivíduos ensinando o que lhes vem na cabeça, porque, entusiasmados com sua fama e sua repercussão, acham que podem ensinar o que o Espírito Santo lhes disse naquela hora.

Nem sequer se perguntam se de fato era o Espírito Santo que lhes falou durante aquela adoração, ou aquela noite mal dormida! Está faltando discernimento na nossa Igreja! Como está parece a casa da mãe Joana, onde todos falam e apenas uns poucos pensam no que falam. Uma Igreja que não pensa acaba dando o que pensar! A partir desta breve autocrítica a caminho da conversão pessoal e eclesial, queremos juntos repensar mais em nossas palavras e atitudes como discípulos missionários de Jesus Cristo. Precisamos de mais escuta, oração, comunhão eclesial, estudo, doutrina e atitudes cristãs. Que cada um se examine a si mesmo em relação a sua fé crista e vida de igreja, pois cada um prestará contas de sua vida para Deus! Vamos colocar mais Deus em nossa fé e ações, e menos nossos “eus”. Que o Amor de Jesus Cristo nos ajude a todos no caminho da verdadeira fé e para sermos uma Igreja Rosto, Coração, Mãos e Pés de Jesus Cristo!

Pe. Ademir da Guia Santos - Assessor Diocesano das Comunicações.

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