O mês de outubro é, para a Igreja Católica em todo o mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da Missão universal. O objetivo é promover e despertar a consciência e a vida missionária cristã, as vocações missionárias, bem como promover uma Coleta mundial para as Missões, para o sustento de atividades de promoção humana e evangelização nos cinco continentes, sobretudo em países onde os cristãos são ainda uma minoria e as necessidades materiais são mais urgentes.
O Dia Mundial das Missões
Todas essas atividades culminam no Dia Mundial das Missões (18 de outubro neste ano de 2009), que teve origem 78 anos atrás, quando, em 1922, foi eleito Papa o Cardeal Arcebispo de Milão (Itália) Aquiles Ratti, que tomou o nome de Pio XI (1922-1939). Seu ardor missionário era conhecido de todos, esperava-se dele um grande impulso para a Missão. Estimulou a criação de novas Missões e ordenou os primeiros bispos indianos (1923) e chineses (1926).
No Ano Santo de 1925, abriu no Vaticano uma Exposição Missionária Mundial e, no ano seguinte (1926), publicou uma Encíclica sobre as Missões, Rerum Ecclesiae, na qual reafirmava a importância dos objetivos missionários programados no início do seu pontificado. Logo em 1922, Pio XI constituiu as Pontifícias Obras Missionárias, recomendando-as como instrumentos principais e oficiais da Cooperação Missionária de toda a Igreja.
Em 1926, foi proposta ao Papa Pio XI "a instituição em todo o mundo católico de um Dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos, a ser celebrado em um mesmo dia em todas as dioceses, paróquias e instituições do mundo católico". O Papa disse que "esta é uma inspiração que vem do céu", aprovando, em 14 de abril de 1926, a celebração anual do Dia Mundial das Missões, no penúltimo domingo de outubro.
Uns anos antes, Pio XI fizera um gesto surpreendente: na Solenidade de Pentecostes de 1922, interrompeu sua homilia e, em meio a impressionante silêncio, tomou seu solidéu, fazendo-o passar entre a multidão de bispos, presbíteros e fiéis na Basílica de São Pedro, no Vaticano, enquanto pedia a toda a Igreja ajuda para as Missões.
PADROEIRO DAS MISSÕES
O Papa Pio XI proclamou São Francisco Xavier, juntamente com Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeiro universal das missões. Ambos se diferenciam em não poucos aspectos. São de séculos diferentes: Xavier do século 16, Teresinha do século 20. Xavier morreu com 46 anos de idade e Teresinha com apenas 24. Xavier palmilhou distâncias, que perfariam várias voltas ao redor do Globo terrestre, Teresinha não saiu detrás das grades do Carmelo do Lisieux.
Xavier pregava a palavra de Deus, Teresinha a meditava com eficácia dentro do Corpo Místico de Cristo. Mas ambos tiveram um instinto irresistível para a oração. Pois ela é uma atração constante de Deus, que nos impulsiona para a ação redentora.
Ação sem oração é machadada no ar. Oração que não transborda para a ação apostólica é palavreado vazio. Se Francisco Xavier, o "gigante" do oriente, e Terezinha, a "criança" de Lisieux, são igualmente padroeiros universais das missões, isso demonstra que os dois foram grandes missionários.
A união com Cristo é básica. Todos os cristãos podem ser missionários, tanto os paralíticos, quanto os evangelizadores que voam com aviões supersônicos. Importante é tudo fazer para viver e seguir o Cristo, comprometendo-se com sua missão. Até as palavras são dispensadas.
É isso mesmo: Xavier cativava com sua simples presença, e Terezinha atraía e convertia embora ficasse escondida do mundo.
Garotada missionária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário